sexta-feira, 21 de maio de 2010

* HISTÓRIA DOS MÚSICOS DA NOVA AURORA

Zé Rangel

José Arimatéia Leandro Rangel, nosso amigo Zé Rangel, é compositor, instrumentista, macaense dos mais autênticos, brasileiro dos mais originais, porém antes de tudo, músico. Nascido em 26 de abril de 1968 em uma família de pai ferroviário, foi criado sabedor da batalha que permeia a vida de muitos nessa terra.
Sua mãe deu a própria vida para que seu rebento viesse ao mundo e ele nunca pestanejou na hora de seguir rumos, expandir fronteiras e ampliar horizontes.
Aos 7 anos, levado pelo pai, seu Roque Rangel, começa a freqüentar os ensaios da centenária Sociedade Musical Nova Aurora e logo sente a necessidade de estar tocando também ali no meio da banda. Ali nascia uma paixão: tocar um instrumento. Alegria do pai ver o filho abraçando o universo da música. Na família nasceram músicos há várias gerações, entre eles o trompetista Adolfo Leandro que atuou na Banda do Batalhão de Guardas do Exército.
A música sempre caminhou ao seu lado como um hobby. Mas o que ele, nem sua família se davam conta era que a semente estava germinando em solo muito fértil. Solo este que serviu de adubo para a genialidade de Viriatos, Anacletos, Pixinguinhas, Cartolas e tantos outros gênios da raça que por estas paragens deixaram a lembrança de sabores tão ímpares impregnados em nossas almas.
Aos dezenove anos entra para o Exército Brasileiro. Até ai tudo parecia caminhar para uma carreira de músico militar, como seu velho tio, mas é enviado para uma companhia de engenharia onde não havia banda. Passa então a traçar um caminho diferente do que parecia estar reservado para ele.
Ao dar baixa do quartel emprega-se como bancário, mas não deixa a música de lado. Sempre praticando, sente a necessidade de absorver mais conhecimentos musicais. Assim chega até ao renomado pianista Lucas Vieira, com quem estuda teoria musical.
Em 1990 recebe grande estímulo do flautista Paulinho Lima para se dedicar exclusivamente à música. Então sai em busca de aulas dedicadas ao seu instrumento, o clarinete, e chega até Dulcilando Pereira, o " Maestro Macaé", que lhe indica o grande mestre José Botelho, então primeiro clarinetista da Orquestra Brasileira e que lecionava na extinta Escola Brasileira de Música no Rio de Janeiro. Aí sim, com um grande mentor ao lado passa a dominar com grande desenvoltura seu instrumento, chegando a ter bolsa de estudo oferecida pela escola para garantir sua presença às salas de aula. Estudou, na mesma escola, teoria com o Maestro Nelson Macedo.
Em dezembro de 1992, ao conceber um arranjo para a música "Ingênuo", de pixinguinha, acaba compondo um choro que foi o trampolim inicial para a série de composições que surgiriam posteriormente.
Por volta de outubro de 1999, já com um número expressivo de composições em diversos estilos, reúne um grupo de instrumentistas com os quais vivenciava sua música. Nascia ali a idéia do seu primeiro CD, com músicas de sua autoria e totalmente independente. Em abril de 2000 finaliza o seu CD intitulado "Violeta Blues", dedicado a sua amiga Violeta Pereira e ao seu pai Roque Rangel. A partir desta data realiza shows pela "Sociedade Musical Macaense" e pelo projeto "Sentrinho", entidade voltada para crianças excepcionais, com grande êxito de público e crítica.
Posteriormente desenvolve trabalho com os mais diversos músicos e gêneros.
Sem nunca desvirtuar de seus propósitos, continua compondo com toda sensibilidade que a vida lhe deu, buscando a excelência em tudo o que faz.

Escritor: Ruben Pereira

Composições:

- Amanhecer
- Amigo Copo
- As Águas
- Cantei
- Chorando em Macaé
- Choro Nordestino
- Choro pra Fred
- Entardecer
- Esperança
- Giuliana
- Ilha de santana
- Jazz da Nêga
- Jazz pra Daniele
- Lá na Casa de Lu
- Mary
- Maxixe em Cuba
- Nair
- Pau de Arara
- Pé na Restinga
- Praia do Pecado
- Quinta no Baixo Backer
- Roque no Jazz
- Samba Improvisado
- Sem Razão
- Violeta Blues



Dulcilando Pereira - MACAÉ

DULCILANDO PEREIRA. Um dos maiores saxofonistas brasileiros da atualidade. Filho de Licinio Pereira e Maria da Penha Pereira, nasceu em 28 de fevereiro de 1938. Sua Banda de Coração sempre foi a Sociedade Musical Nova Aurora, onde pode aprimorar seus estudos de Saxofone.

MACAÉ, nome artístico de Dulcilando Pereira. Saxofonista, arranjador, pesquisador e professor, é autor de cerca de quatrocentos arranjos do repertório musical e sinfônico da Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Na música popular, considerado um dos maiores músicos brasileiro em seu instrumento, o sax-tenor, destacou-se como intérprete e arranjador em grandes formações orquestrais, como a Orquestra Tabajara e Banda Veneno, liderada por Erlon Chaves, a do Maestro Cipó e a Rio Jazz Orchestra, além de ter participado de inúmeras e importantes gravações. No campo da pesquisa, criou o Laboratório de Sons Musicais, experiência que permite a extração de variados timbres de instrumentos de sopro, em efeitos sonoros idênticos aos sons de corda de uma Orquestra Sinfônica.

Dulcilando Pereira teve participações em alguns desses discos:

ADRIANO GIFFONI - 1991

(LP/1991), (CD/1992)


ANA CAROLINA - 1999

(CD/1999)


APOLÔNIO BRASIL, CAMPEÃO DA ALEGRIA

(CD/2003)


ARY BARROSO 90 ANOS

(LP/1992)


BEBADOSAMBA

(LP/1996), (CD/1996)

Paulinho da Viola


ENGUICO

(LP/1990), (CD/1990)

Adriana Calcanhotto


LIMITE DAS ÁGUAS

(LP/1976), (CD/1994)

Edu Lobo


MINHA SAUDADE

(CD/1995)

Lisa Ono


PELA SAUDADE QUE ME INVADE - UM TRIBUTO A DALVA DE OLIVEIRA

(CD/1997)

Angela Maria


PRISMA LUMINOSO

(LP/1983), (CD/1987)

Paulinho da Viola


ROBERTO CARLOS - 1993

(CD/1993)

Roberto Carlos


SOL NEGRO

(CD/1997)

Virgínia Rodrigues


TROMBONE DO BRASIL

(CD/1998)

Roberto Marques


VÍCIO

(LP/1983)

Simon








Benedito Lacerda


No dia 14 de março de 1903 nascia em Macaé, numa pequenina casa da Rua São João, o menino Benedicto. Filho de D. Maria Lousada, mãe solteira (coisa que pra época era uma afronta). Imagina a luta dessa mulher pra ter seu filho no seio de uma sociedade tão preconceituosa. Pois ela venceu. Teve seu filho e o batizou em homenagem a São Benedicto, detentor de uma Irmandade muito atuante na Igreja São João Batista em Macaé, que muito a ajudou e que por sinal ficava na rua onde Benedicto nasceu.

As dificuldades, que já eram imensas pra D. Maria Lousada e o menino Benedicto foram se agravando a ponto dela ter que se mudar pra Capital Federal em busca de mais oportunidades de trabalho.
O Rio de Janeiro tinha se "civilizado" conforme palavras de um célebre jornalista da época, o macaense Figueiredo Pimentel. O Prefeito Pereira Passos remodelava a cidade e as noticias que chegavam eram de muitas oportunidades pra trabalhar, ainda mais em casa de família como doméstica, lavadeira... Que eram as ambições de D. Maria.
Em Macaé morando na Rua São João o menino Benedicto descobriu a música ouvindo ao longe os ensaios constantes da Sociedade Musical Nova Aurora.

A Banda participava de muitos eventos da cidade e Benedicto desde pequenino enchia seus olhos ao ver a banda passar tocando belos Dobrados, Hinos e Polcas. Essa memória fez com que Benedicto muitos anos depois já famoso ao visitar Macaé deixar escrito no livro de atas da Nova Aurora: "A minha Nova Aurora querida, inspiradora direta de minha arte deixo aqui meu coração pro resto da vida".

O fogo da Música já tinha tomado o menino Benedicto quando ele chegou com sua mãe na Capital Federal, Rio de janeiro. Os filhos de Benedicto contam que o pai sempre teve muito vivo na memória os tempos de criança em Macaé, na rua São João, na beira do Rio Macaé, na Imbetiba e mais ainda se lembrava das retretas que ouvira com as Bandas de Macaé na praça, Lyra dos Conspiradores e, especialmente, a Nova Aurora, Banda pela qual nutria especial paixão.

Um comentário:

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